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ALBIEGE FERNANDES - JORNALISTA

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Melhor Filme Internacional é a recompensa justa e merecida a um cinema que desde sempre produz obras de arte. Um prêmio de grande importância política, social e humana; é uma reparação à história escondida sob o manto intocado do autoritarismo ditatorial militar brasileiro. “Ainda Estou Aqui” é mais que um produto cinematográfico, é um slogan de resistência.
O filme Ainda Estou Aqui mereceu a indicação a três categorias do maior prêmio do cinema mundial, e a meu ver, levou a mais importante: com essa conquista, todo o elenco foi premiado e a atriz Fernanda Torres, protagonista desse roteiro que é uma verdadeira escavação nos subterrâneos do passado sangrento do Brasil, é, por conseguinte, responsável pela vitória.
Com o Oscar nesta categoria, o Brasil diz ao mundo que muito além de saber fazer bons filmes, soube desvelar a ponta do novelo emaranhado e manchado do sangue dos mortos da ditadura. “Ainda Estou Aqui” é a bem manufaturada arma de Walter Salles e sua equipe, e distribuída a cada brasileira e cada brasileiro, no combate definitivo a uma anistia passada e, principalmente, a que nos ameaça no presente.

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